CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Varejo cresceu 3% em setembro puxado por ritmo da economia

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Beneficiado pelo ritmo mais acelerado da economia, pela melhora dos indicadores de emprego e ocupação, pela injeção de recursos e auxílios extras na economia, o varejo paulistano encerrou setembro sob avanço de 3%, comparado com igual mês do ano passado. É o que revela o Balanço de Vendas, elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) com base em amostra da Boa Vista.

Por outro lado, o indicador registrou retração de 6,7%, frente a agosto deste ano. “O Dia dos Pais e a maior quantidade de dias úteis em agosto, quando comparado com setembro, explicam essa queda”, pondera o economista da ACSP, Marcel Solimeo.

O economista ainda comenta que o resultado de outubro diferirá e fechará com saldo positivo.

“Nossa pesquisa de intenção de compras de presentes para o Dia das Crianças indica maior disposição dos consumidores para gastar esse ano”, afirma.

Solimeo também projeta aumento de 5% nas vendas no Dia das Crianças deste ano. O resultado será possível, segundo explicou, pela venda de presentes tradicionais e de menor valor como, por exemplo, roupas, calçados, acessórios, bolas, bonecas e carrinho.

“É uma forma de driblar das taxas e juros em produtos de maior valor, mas ainda assim agradar os pequenos”, finaliza.

Já segundo analistas do Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc (MUFG), as vendas no varejo podem apresentar um desempenho misto nos próximos meses.

“Por um lado, há espaço para um crescimento maior especialmente para os segmentos que são mais dependentes das condições de renda, como supermercados, livraria & papelaria, outros bens pessoais e, em parte, roupas e calçados. Isso se deve à boa melhora observada até agora no mercado de trabalho, aos R$ 200 adicionais do Auxílio Brasil e também aos menores preços dos alimentos com a deflação observada em setembro e possivelmente em outubro”, diz a análise.

Ainda de acordo com o MUFG, “por outro lado, bens mais caros que dependem de condições de crédito, como móveis & eletrodomésticos, eletrônicos e veículos podem sofrer mais com as condições de crédito mais restritivas em meio a altas taxas de juros e elevado endividamento das famílias.”

 

 

 

Por: Monitor Mercantil
Crédito imagem: Freepik

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