As vendas no Dia dos Pais cresceram 10,9% nos shoppings, entre os dias 8 e 14 de agosto, na comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), elaborado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). A alta no balanço não ficou restrita ao ano passado e quando confrontado com o período pré-pandemia (2019), o resultado ficou 8,8% superior ao daquele ano.
O comércio nos shoppings movimentou R$ 4,2 bilhões, um montante R$ 400 milhões superior aos R$ 3,8 bilhões do ano passado. Com isto, o valor médio gasto pelos consumidores manteve-se estável, na comparação com o mesmo período de 2021, e ficou em R$ 193. Ainda assim, ele é 10% superior ao tíquete da data em 2019 (R$ 176) e 101% maior que os R$ 96 registrados nas lojas de rua, em 2022.
Na avaliação do presidente da Abrasce, Glauco Humai, com o aumento constante de visitantes nos shoppings, o setor projeta um bom segundo semestre, impulsionado por algumas das principais datas comemorativas do ano, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal. “São resultados animadores que mostram consumidores retornando cada vez mais aos shoppings. Os investidores e empreendedores do setor devem começar a colher cada vez mais frutos ao longo do ano e 2022 está se mostrando ainda mais promissor que imaginávamos”.
Em julho, o fluxo de consumidores em lojas físicas voltou a cair, mas a movimentação nos shoppings esteve em alta no comparativo mensal. É o que aponta o levantamento do Índices de Performance do Varejo (IPV), organizado pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
O fluxo de visitantes subiu 8% na comparação com junho: as lojas de shoppings registraram aumento de 2% na movimentação dos consumidores. Entretanto, as lojas físicas como um todo tiveram queda de 1% no país, puxada pela retração de 3% nos estabelecimentos situados nas ruas.
No comparativo anual, o crescimento se manteve em 2022. A presença de consumidores subiu 8% nas lojas físicas e 9% nos shopping centers em relação a julho de 2021. No acumulado do ano, a alta é de 40% e 34%, respectivamente. As lojas nos centros de compras tiveram um desempenho melhor, com 10%, enquanto as de rua subiram 8%.
Já as vendas registraram queda em julho. A quantidade de cupons caiu 8% para lojas de rua e 3% em lojas situadas em shopping centers no comparativo com junho deste ano. O faturamento, por sua vez, recuou 7% para os estabelecimentos situados na rua e 6% nos centros de compras. Em relação a julho de 2021, os cupons subiram 26% para lojas tanto de rua quanto de shoppings, e o faturamento cresceu 23% e 8%, respectivamente.
Entre os segmentos, destaque para as categorias beleza, ótica e calçados, com 16%, 12% e 10%, respectivamente, no levantamento mensal em julho de 2022, as únicas com crescimento de dois dígitos. No comparativo com julho de 2021, o destaque foi o segmento de beleza, com aumento de 71%.
Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, prevê um cenário mais estável para o varejo até o fim do ano.
“Há uma tendência de crescimento, mas com percentuais próximos da estabilidade. O varejo é um dos setores que deve se beneficiar com o pacote de benefícios lançado pelo Governo Federal. Aliado a isso, temos a expectativa do supertrimestre no fim do ano, com Copa do Mundo, Black Friday e Natal para aquecer as vendas”.
Por: Monitor Mercantil
Crédito imagem: Freepik