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Vulcabras faz maior receita de sua história

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Dia dos Pais e Copa do Mundo devem ser estímulos extras às vendas da Vulcabras. No segundo trimestre, a dona da Olympikus e fabricante brasileira das marcas Under Armour e Mizuno viu a receita líquida crescer 64,4%, para R$ 656,8 milhões, puxando o lucro líquido, que avançou 13,4% em comparação ao mesmo período de 2021, para R$ 103,7 milhões.

“Foi o maior faturamento da história. Um segundo trimestre maior até que quarto trimestre, que costuma ser o mais forte do varejo”, disse o diretor financeiro da companhia, Wagner Dantas, em entrevista ao Valor. “Agora estamos bem posicionados para continuar capturando crescimento no segundo semestre.”

Depois de desempenho forte no Dia das Mães e Dia dos Namorados, a expectativa é de que a data de homenagem aos pais seja o pico de vendas do terceiro trimestre. Já o torneio mundial de futebol pode ajudar marginalmente nas vendas do último trimestre do ano, já que os produtos do grupo não são diretamente ligados ao esporte. “Mas pode estimular a prática esportiva”, disse o executivo na teleconferência de resultados na sexta-feira.

Ao longo da primeira metade do ano, a Vulcabras registrou uma venda de 9 milhões de calçados esportivos, um avanço de 26,3% na comparação com o primeiro semestre de 2021. Já os itens de vestuário e acessórios, desenvolvidos pela Vulcabras, mas fabricados em terceiros, somaram 3,34 milhões de peças, um salto de 97,4%.

O ritmo de crescimento na segunda metade do ano deve ficar um pouco menos intenso se comparado ao mesmo período de 2021, quando as vendas também cresceram muito, mas o avanço esperado ainda deverá ser de dois dígitos, de acordo com o diretor.

“Viramos o segundo trimestre muito bem encaixados e com pedidos em volume bem elevado, o que nos permite programar as fábricas de forma bem efetiva”, disse. Segundo ele, ainda há bastante espaço para a empresa aumentar sua capacidade instalada em caso de aumento de produção. “E tem bastante produção para sustentar o crescimento futuro que vem se pavimentando.”

Embora a pressão inflacionária ainda esteja presente, Dantas afirma que a companhia tem conseguido ser bem-sucedida no repasse de custos para os preços ao consumidor final, sem haver queda de volumes.

“Como tendência, nossa percepção é de que o pior já passou. O aumento dos insumos em 2021 foi muito relevante, mas já sentimos uma desaceleração no rali de preços. Deve começar a desacelerar também pelo aumento de juros e não só no Brasil.”

O objetivo é também seguir elevando as margens. No segundo trimestre, a margem bruta terminou no patamar de 36%. O nível ideal, diz Dantas, é algo em torno de 40%. “Esperamos um mesmo ritmo de evolução no trimestre. É bem razoável esperar a manutenção dessa tendência, de evolução de 1,5 ponto percentual e 2 pontos percentuais no trimestre contra trimestre. Ainda há sinergias a serem capturadas entre as marcas” afirmou.

 

 

Por: Valor Econômico
Crédito imagem: Freepik

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