CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Aquisição da Mizuno ajuda Vulcabras a ter salto no lucro no 1º trimestre

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A fabricante de artigos esportivos Vulcabras registrou mais um período de crescimento de janeiro a março, consolidando o melhor trimestre da sua história. O lucro líquido ficou 270% maior, somando R$ 54 milhões. A receita líquida cresceu 53% ante o mesmo período de 2021, para R$ 477 milhões.

“Estamos fora da curva do que vemos no setor e no consumo, pelos investimentos que fizemos na modernização das fábricas e pela aquisição da Mizuno”, diz o presidente da companhia, Pedro Bartelle. Além da Mizuno, a empresa é dona da Olympikus e a responsável pela Under Armour no Brasil. Mas ele diz que o crescimento não se resume à integração da Mizuno, que completou um ano dentro da empresa – anteriormente, a marca estava com a Alpargatas.

Além da divisão de calçados esportivos, cuja receita cresceu 51%, o portfólio de vestuário e acessórios esportivos registrou um faturamento 144% maior, passando de 6,4% para 10,2% na representação da receita da empresa. Em volume, os calçados esportivos somaram 4 milhões de pares, 25,7% acima do mesmo período do ano anterior, e o vestuário, 1,32 milhão de peças, 83,5% a mais.

O executivo diz que o mercado ainda não sente o efeito da redução da oferta de importados por causa das restrições enfrentadas pelos países asiáticos com novos bloqueios e elevação dos fretes. Mas acredita que as fabricantes nacionais devem começar a se beneficiar no segundo semestre, já que os pedidos dos importadores costumam ser feitos com seis a nove meses de antecedência.

Mas a empresa já tem conseguido aumentar exportações, movimento que tem acontecido com o setor calçadista brasileiro. As vendas para o mercado externo, com destaque para a Argentina, cresceram 110% no trimestre, para R$ 66,0 milhões, representando 13,8% da receita.

Com a reacomodação da produção global por causa da covid-19, Bartelle acredita que o produto brasileiro pode ganhar mais competitividade no exterior, enquanto mais marcas internacionais passam a produzir no país. “Vejo uma tendência de consolidação no mercado e uma procura de marcas internacionais de se associarem a fabricantes nacionais. Ainda vemos avenida de crescimento muito grande para os negócios que assumimos, mas a companhia está sempre atenta ao mercado”, diz ele.

 

 

Por: Valor Econômico
Crédito imagem: Freepik

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