As exportações de componentes para calçados (produtos químicos, cabedais, solados, palmilhas e laminados sintéticos) somaram US$ 71,3 milhões nos dois primeiros meses do ano, 37% mais do que no mesmo período de 2021.
No comparativo com o período pré-pandemia, em 2019, o aumento é de 13% em relação aos dois primeiros meses daquele ano. Os dados foram elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal).
Em fevereiro a exportação chegou a US$ 34 milhões, 61% mais do que no mesmo mês do ano passado.
De acordo com o gestor de mercado internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, a indústria nacional de componentes calçadistas tem ganhado fatias de mercado que pertenciam aos chineses. Desde o início da pandemia, segundo ele, as restrições impostas pelo governo da China por causa da pandemia da covid-19 e o salto nos fretes internacionais ajudaram o produto brasileiros a ganhar competitividade.
Em entrevista ao Valor, o executivo da Assintecal destaca que as fabricantes têm conseguido mais compradores em países próximos que têm produção relevante de calçados, como Colômbia e México.
A indústria calçadista chinesa, no entanto, é a maior importadora dos componentes brasileiros. Neste primeiro bimestre foram US$ 18 milhões vendidos, 72% mais do que no mesmo período de 2021. O segundo importador no período foi a Argentina, com US$ 14 milhões, 159% mais do que no mesmo intervalo do ano passado. O terceiro destino foi Portugal, com US$ 9,43 milhões, 155% mais do que em 2021.
Por: Valor Econômico
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