CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Combustíveis contribuíram para alta de vendas do comércio em fevereiro, aponta IBGE

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As vendas de combustíveis foram a principal influência para o aumento de 1,1% do varejo restrito em fevereiro, mas também ajudaram as vendas de supermercados e as promoções promovidas por setores como móveis e eletrodomésticos, tecidos, vestuário e calçados e outros artigos de uso pessoal e doméstico. A análise foi feita pelo gerente da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), Cristiano Santos, ao comentar os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No caso de combustíveis e lubrificantes, o aumento das vendas foi de 5,3%, enquanto a receita das empresas do segmento avançou 3,2%. Ou seja, houve deflação no mês, já que a variação de volume é obtida a partir da receita, descontando a inflação. Isso ocorreu em fevereiro, antes do reajuste de março da Petrobras para os preços para distribuidoras de gasolina e diesel. Esse era um setor que vinha registrando alta das vendas nos meses anteriores, por causa do aumento da circulação das pessoas, mas que foi beneficiado em fevereiro por preços.

“O segmento de combustíveis acaba sendo o principal protagonista na passagem de janeiro para fevereiro em termos de contribuição para o crescimento do varejo restrito. Sobretudo porque houve essa diminuição da pressão inflacionária”, afirmou Santos.

Para além da influência de combustíveis, o gerente do IBGE também apontou o efeito do setor de supermercados (alta de 1,1%) por causa do seu peso – respondem por quase metade (49,6%) do varejo restrito) – e também uma estratégia de empresas de alguns setores de promoverem promoções para atrair o consumidor. O varejo vinha de um segundo semestre de quedas – ou variações muito pequenas – que derrubou o patamar de vendas.

“Nem novembro nem dezembro foram bons para o comércio varejista, e são meses importantes, com a Black Friday e o Natal. Isso fez com que as empresas mudassem estratégia, fizessem descontos, promoções”, disse ele.

Na sua avaliação, essas promoções tiveram “peso significativo” no desempenho do varejo restrito neste início de 2022. Entre os setores em que isso ocorreu, ele citou o de tecidos, vestuário e calçados (altas de 4% em janeiro e 2,1% em fevereiro), móveis e eletrodomésticos (queda de 1,3% em janeiro, mas aumento de 2,3% em fevereiro) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (crescimento de 6% em janeiro e de 1,6% em fevereiro).

Entre agosto e dezembro de 2021, o comércio restrito acumulou queda de 7,2%. Já nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, houve ganho acumulado de 3%. Ou seja, ainda não foi suficiente para compensar a perda anterior.

 

 

Por: Valor Investe
Crédito imagem: Freepik

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