CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Medida que sobretaxa calçado chinês é renovada por mais cinco anos

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A Câmara de Comércio Exterior (Camex), divulgou nesta quarta-feira (2), que aprovou a renovação da medida antidumping, que aplica uma sobretaxa de US$ 10,22, fora o imposto de importação, em pares de calçados que vem da China. O antidumping terá uma validade de cinco anos.

A medida beneficia o setor calçadista brasileiro. No entanto, há uma nova preocupação na indústria nacional. As importações provenientes dos grupos Apache, Dean Shoes e Pou Chen ficaram de fora. Estes players podem trazer calçados com origem chinesa sem a cobrança da sobretaxa.

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) decidiu entrar com recurso para impedir a isenção destas empresas que são grande importadoras. A medida, colocada desta forma, traria problemas de concorrência de mercado, afetando a produção e os empregos do setor no País. “Tendo em vista a isenção acima mencionada – fato este contrário aos interesses dos associados – informamos que já estamos trabalhando no recurso a ser protocolado no prazo legal” destacou a entidade calçadista em informe oficial.

Procurada pelo Jornal NH, a Camex não retornou os pedidos da publicação em relação às informações sobre a renovação do antidumping.

O que é o antidumping?

O direito antidumping, que foi regulamentado no Brasil em 2010, tem como objetivo evitar que as produtoras nacionais sejam prejudicadas por importações realizadas a preços de dumping, uma prática considerada desleal no comércio internacional.

Esta taxa extra ao calçado chinês faz sentido. Recentemente a China passou o Vietnã e voltou a figurar como a número um nas importações brasileiras de calçados. Segundo dados da Abicalçados, em janeiro, a China enviou mais de 1,32 milhão de pares de calçados para o Brasil, 19,6% mais do que no mesmo mês de 2021.

 

 

Por: Jornal Exclusivo
Crédito imagem: Freepik

 

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